Informação Geral

Informação Geral

Em pleno tempo colonial era reconhecido as potencialidades turísticas de Angola, mas o seu desenvolvimento não se concretizou devido a pouca atenção dada a este sector económico importante.

  • Em 1972 o dispositivo hoteleiro de Angola era: 57 unidades, dos quais Luanda, Huambo, Lubango e Lobito cobriam 54,4%, e o total de camas era 3.934, no qual somente Luanda possuía 1.140.
  • Podemos caracterizar o Sector do Turismo em Angola no período de 1975 – 1988.
  • Mais de 90% das unidades hoteleiras e similares do País foram abandonadas pelos seus antigos proprietários.
  • Em 1975 com a criação do primeiro Governo do Estado Angolano na sequência da proclamação da independência, ocorre a instituição da Secretaria de Estado do Comércio e Turismo que, a partir de então, personificou a Administração Turística Angolana a par de outros sectores da actividade sócio- económica.
  • Na base do Decreto n.º. 26/75 as unidades hoteleiras e turísticas foram intervencionadas tendo-se criado paralelamente o Centro de Controlo e Gestão dos Estabelecimentos de Hotelaria, Restaurantes e Similares da Província de Luanda
  • Nos dois anos subsequentes assistiu-se à utilização irracional e consequente degradação das infra-estruturas hoteleiras, restaurantes e similares, bem como das unidades complementares.
  • Em Maio de 1977 o Governo promulgou o Decreto nº. 42/77 que cria o Ministério do Comércio Interno e aprova o Estatuto Orgânico, onde se insere a Direcção Nacional do Turismo e Hotelaria.
  • 1978 iniciou-se o processo de criação de empresas hoteleiras de âmbito provincial ( as Emprotéis ) , totalizando em 1983, 19 empresas do género. Em Luanda foi criado a ANGHOTEL- U.E.E. de principio de âmbito local, mas depois alargou-se a área de acção abrangendo Cabinda, Huambo, Huíla; Malange e Benguela. Neste período desenvolveu-se as seguintes actividades:
  • Reabilitação e ampliação da Pousada das Quedas de Kalandula, não concluída;
  • Reabilitação dos hotéis M’ombaka e Congresso em 1983;
  • Reabilitação e recuperação integral do Hotel Presidente em 1984, assim como os hotéis:Alameda, Turismo, Costa do Sol e Panorama em Luanda;
  • Construção de um hotel com 50 quartos em Luanda (Complexo da Vila Alice);
  • Recuperação de pequenos estabelecimentos similares hoteleiros e construção de alguns Centros Recreativos.
  • Formação de quadros do sector hoteleiro;
  • Por intermédio do Decreto Executivo nº.42/81 de 19 de Novembro do MINCI, os bares, cafés, casas de chá, cervejarias, restaurantes e estalagens foram alugados a privados, para cessão de exploração. Mesmo assim a rede hoteleira continuou e degradar-se.
  • Em 1988 em consequência do Programa de Saneamento Económico e Financeiro, iniciaram-se os contactos com a OMT. Assim começou o despertar do turismo em Angola.
  • Em 1988 cria-se a primeira empresa angolana de turismo ANGOTUR,LDA.
  • Negociação com Bureau do Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento com vista a integrar Angola no Projecto Regional sobre o
  • Desenvolvimento do Turismo na África Austral e Oriental.
  • Inicia processo de adesão de Angola à OMT.
  • Em 1989, Angola adere à Organização Mundial do Turismo no decorrer da 8ª Assembleia Geral da OMT realizada em Paris nos finais do mês de Setembro e Principio do mês de Outubro.
  • Iniciou-se as primeiras comemorações do Dia Mundial do Turismo em Angola.
  • Em 1990, durante as comemorações do Dia Mundial do Turismo, promoveu-se a primeira Conferência verdadeiramente multisectorial e as recomendações delas resultantes continuam a orientar os trabalhos do sector.
  • A adesão de Angola à OMT trouxe vantagens palpáveis e o benefício imediato traduziu-se na implementação do projecto “ REFORÇO Institucional do Estado Angolano no Domínio do Turismo “, projecto financiado pelo PNUD e executado pela OMT, consubstanciado nas seguintes acções:
    Reestruturação da Direcção Nacional do Turismo;
  • Criação de um sistema de recolha, tratamento, análise e publicação de estatística do turismo;
  • Criação de um serviço estatístico informatizado na DINATUR;
  • Elaboração de propostas de Legislação Turística;
  • Capacidade dos quadros;
  • Incentivo à criação de empresas e agências de viagens e turismo, assim como à construção de associações profissionais privadas do sector como a HORESIL, AAVOTA e ADHA;
  • A organização de Administração Turística Nacional culmina com a criação em Julho de 1996 do Ministério de Hotelaria e Turismo que tem como política;
  • A recuperação, reabilitação e construção de infra-estruturas hoteleiras e turísticas
  • O ordenamento e planeamento turístico;
  • A formação dos quadros do sector;
  • A contribuição para a preservação e fortalecimento da identidade nacional, a paz integração e cooperação internacional.;
  • A promoção da imagem de Angola como potencial destino turístico;
  • A contribuição para a protecção, preservação e valorização dos recursos naturais, sócio-culturais e tradicionais do País;
  • O propiciamento do desenvolvimento harmonioso e sustentável da actividade turística nacional, logrando sempre que os seus benefícios no desenvolvimento sócio-económico para a melhoria da qualidade de vida da população angolana;

Todo este esforço permite-nos demonstrar o estado actual do turismo em Angola.

Estado actual do turismo em Angola

O Estado Actual do Turismo em Angola, é demonstrado pelos dados estatísticos que de seguida iremos demonstrar.

A rede hoteleira e similar e agência de viagens e turismo

Hoteis 96 unidades
Pensões 188 unidades
Aparthoteis 12 unidades
Restaurantes e similares 2.133 unidades
Moteis 5 unidades
Complexos Turísticos 12 unidades
Pousadas 2 unidades
Estalagens 3 unidades
Agências de Viagens 160 unidades


Número de turistas em Angola e as suas origens

 ANO  1999  2000  2001  2002  2003
 Nº de turistas diversas origens  45.500  50.700  67.400  90.532  106.625
 Variação número de turistas (s/ano anterior)  -12,5%  10%  32%  34%  18%
 Nº de turistas europeus  29.116  30.800  38.200  52.169  55.190
 % de turistas europeus(s/total)  64%  61%  65,7%  57,6%  57,6%
 Nº de turistas africanos  7.887  8.400  14.800  16.723  30.915
 % de turistas africanos (s/total)  17%  17%  22%  18,5%  29%
 Nº de turistas do continente americano  6.081  7.600  9.200  15.044  14.770
 % de turistas do continente americano  13%  15%  
16,6%
 13,6%  14%


Motivo de viagens de turismo em Angola

ANO 1999 2000 2001 2002 2003
%Turistas / motivo serviço 74,2% 62% 54% 52% 63%
%Turistas / motivo negócios 12,5% 11% 17% 32% 17%
%Turistas / motivo visitas, familiares e férias 13% 26% 19% 16% 20%


Receitas do turismo em milhões de KZ

ANO 1999 2000 2001 2002 2003
VALORES 9.714 180.200 562.500 437.910 4.518.845


Estas receitas são referentes aos hotéis, pensões e turismo obtidas em 2002 foi de 7345 milhões de Kz, e 2003 1.549.140 milhões Kz. Com este valor o total das receitas 2m 2002 foi de 445.255 milhões Kwansas, e 2003 6.067.985 milhões Kz.

Quadro Legislativo

  • O Decreto – Lei nº. 5/96 cria o Ministério da Hotelaria e Turismo
  • Resolução nº. 7/97, aprova a Política Nacional do Turismo;
  • Resolução nº. 9/97, aprova a estratégica da Hotelaria e Turismo;
  • A elaboração do Plano Director do Turismo;
  • A reabilitação e recuperação das infra-estruturas Hoteleiras e Turísticas;
  • A estratégia da Inspecção do Turismo;
  • O Plano Estratégico de Formação para o Sector;
  • A cooperação Internacional;
  • Decreto – Lei nº. 4/97 – Aprova o Estatuto Orgânico do MINHOTUR;
  • Decreto – Lei 54/97 – aprova as Normas do Licenciamento e Disciplina do Financiamento das Agências de Viagens e Turismo;
  • Decreto nº. 6/97 – Estabelece as Normas respeitantes ao aproveitamento dos Recursos turísticos do País e ao Exercício da Industria Hoteleira e Similar;
  • Decreto Executivo nº 92/99 – Aprova os Novos Modelos de Alvarás para o Exercício da Actividade da Industria Hoteleira e Similar;
  • Decreto Executivo nº. 93/99 – aprova o Modelo de Alvará para as Agências de Viagens e Turismo;
  • Decreto Executivo Conjunto nº. 94/99 – aprova os Preços dos Novos Alvarás de Licença da Indústria Hoteleira e Similar, Agências de Viagens e Turismo e os valores das taxas e vistorias.

Neste momento está-se a trabalhar na actualização de alguns Diplomas, bem como a elaboração de novos Diplomas.